Juntas de dilatação: problemas e cuidados na vedação

Jan 11, 2021

Quando falamos em edificações, cada pequeno detalhe é capaz de interferir diretamente na durabilidade, qualidade e segurança de um projeto. Um bom exemplo disso são as juntas de dilatação, que exercem um papel muito importante na construção.
 

Elas são espaços criados na estrutura com o objetivo de absorver dilatações dos materiais e dissipar tensões. A principal função é justamente permitir a variação dimensional dos elementos que compõem a estrutura.

Quando falamos em juntas de dilatação, pensamos principalmente naquelas que dividem a estrutura, mas elas também podem estar presentes em panos de argamassa e panos de revestimentos, por isso também são conhecidas como “juntas de movimentação”.

Em um projeto, as juntas de dilatação são calculadas ainda na fase do dimensionamento estrutural e levam em conta as características dos materiais, ações das cargas estáticas e dinâmicas, e as ações climáticas, permitindo a dilatação e a retração do concreto, por exemplo.

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A importância das juntas de dilatação

 

Caso as juntas de dilatação não sejam feitas da maneira correta, vários problemas podem surgir com o tempo. As principais manifestações patológicas são o aparecimento de fissuras descontroladas e deslocamentos e desplacamentos de revestimentos, entre outras.

 

Além disso, por serem elementos que dividem a estrutura em partes, uma execução correta evita a percolação de água através delas, garantindo não só continuidade e acabamento ao projeto, como também estanqueidade.


A execução perfeita

 

Os detalhes das juntas de dilatação devem vir especificados em projeto e sua execução vai depender da tipologia da junta, mas existem alguns pontos de atenção que podem garantir um resultado perfeito.

 

Um cuidado fundamental é respeitar a abertura determinada em projeto. Para isso, devem ser utilizados isopores, chapas de madeira ou qualquer outro elemento que, no momento da execução ou montagem da estrutura, garanta a abertura correta da junta.

 

Outro ponto de atenção já citado acima está relacionado à estanqueidade. As juntas de dilatação, apesar de exercerem uma função essencial para a correta movimentação e dissipação de tensões estruturais, representam vazios e pontos potenciais de percolação de água. Por isso, a vedação correta dela garante sua estanqueidade, mais importante ainda em estruturas hidráulicas como reservatórios, tanques, canais, entre outros. 

 

Para a vedação das juntas de dilatação, podem ser utilizadas borrachas e perfis extrudados, incorporados no momento da execução da estrutura, como também selantes e massas asfálticas especiais aplicados após o término delas.

 

Por fim, a continuidade e o acabamento superficial das juntas de dilatação também pode ser muito importantes. As juntas em pisos, por exemplo, devem ter uma continuidade e acabamento adequados para garantir o rolamento e tráfego normal dos veículos e equipamentos como, por exemplo, em pontes ou indústrias. Já as juntas de fachadas têm um requisito de acabamento e proteção fundamental.

 

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