7 erros que não devem acontecer na hora de impermeabilizar
Mar 09, 2020
Existem erros comuns e prejudiciais que acontecem na hora de impermeabilizar. Confira, em nosso blog, alguns exemplos e soluções para cada um deles.
A impermeabilização é uma etapa essencial durante uma construção. Mas, além da qualidade dos materiais aplicados, a capacitação da equipe e a realização de etapas fundamentais são importantes para evitar alguns erros comuns na hora de impermeabilizar.
Impedir que esses equívocos aconteçam é primordial para garantir maior vida útil para o projeto. Neste texto, citaremos os 7 erros mais comuns quando o assunto é impermeabilização e quais são as soluções para cada um deles. Confira!
1 - Impermeabilizar direto na laje
A impermeabilização, em geral, não deve ser feita diretamente na laje. Quando isso acontece, é comum que falhas surjam, principalmente quando o impermeabilizante utilizado é uma membrana líquida de baixa espessura.
Como lajes de concretos “no osso” (ainda sem regularização ou qualquer acabamento) possuem irregularidades, como pontas de brita e trechos mal acabados, a cobertura do impermeabilizante aplicado diretamente sobre ela é prejudicada. A solução para esse caso é executar um contrapiso sobre a laje para que a base se torne regular.
Existem algumas exceções para essa recomendação, como por exemplo “lajes zero” que recebem acabamento específico para receber o sistema impermeável diretamente ou em projetos específicos, onde não há cota na estrutura para todas as etapas tradicionais de regularização e proteção mecânica e então, desde de a etapa de projeto, a estrutura é projetada para receber um sistema trafegável (como por exemplo o sistema de poliuretano trafegável MC-Traffic). Nestas situações é importante que a laje seja preparada e acabada de maneira para adequada para o sistema.
2 - Não dar caimento ao contrapiso antes de impermeabilizar
Ao aplicar o impermeabilizante em um contrapiso ou base que não possui caimento, a água, após passar pelos revestimentos, irá encontrar uma barreira sem caimento para os ralos, o que formará poças. O problema nesse caso é que esse empoçamento, com o tempo, pode resultar no desplacamento do revestimento, problemas de drenagem e até o emulsionamento do impermeabilizante (dependendo do material).
Como solução, indicamos que o contrapiso seja executado com caimento para os ralos de acordo com a NBR 9574 - Execução de Impermeabilização. Depois de concluída essa fase, a impermeabilização poderá ser aplicada.
3 - Considerar os detalhes construtivos como trechos comuns para impermeabilização
Muitos detalhes construtivos, como encontros de contra-piso com drywall, ralos e inserts, apresentam movimentações bem acima do normal. Caso não haja impermeabilização, reforço e detalhamento específico para esses pontos, infiltrações irão surgir. É por isso que exigir o detalhamento específico é tão importante e é também a solução para esse erro. Além disso, elementos de reforço (como telas de poliéster, fitas de polietileno, entre outras) e materiais adequados com as movimentações de cada detalhe devem ser adotados.
4 - Não fazer o teste de estanqueidade
Não realizar o teste de estanqueidade após o término da impermeabilização é um erro grave. Afinal, esse é o momento em que possíveis falhas na impermeabilização serão encontradas. Caso essas falhas só sejam encontradas depois, com a estrutura já concluída, os reparos acabam se tornando mais invasivos e custosos. A solução para evitar esse problema é executar o teste de estanqueidade de acordo com o passo a passo previsto na NBR 9574.
De maneira resumida, após o término do serviço de impermeabilização e cura dos materiais impermeabilizantes aplicados, a área impermeabilizada deverá ser isolada, os ralos deverão ser tamponados provisoriamente e deverá ser colocada água até o nível máximo, deixando nesta condição por pelo menos 72 horas para avaliar se há algum tipo de infiltração ou se o sistema está eficiente.
5 - Aplicar impermeabilizante sobre superfície pulverulenta
Ao aplicar o impermeabilizante em uma superfície considerada pulverulenta, o produto pode ter baixa aderência e desplacar da base. Para evitar esse erro, é necessário que um estudo de traço de argamassa seja feito a fim de evitar os substratos pulverulentos. Um painel teste é sempre recomendado para sistemas de argamassa, impermeabilizante e revestimento. Também é essencial que não haja excesso de cal no traço dos materiais. Para substratos pulverulentos e com baixa resistência superficial primers específicos poderão ser utilizados, como por exemplo o primer D11, para aumentar a aderência do sistema na base.
6 - Escolher impermeabilizante incompatível com a atuação da água e utilização do local
Ao não considerar todos os tipos de atuação da água e o local em que o impermeabilizante será aplicado, falhas que vão desde formação de bolhas até desplacamentos podem acontecer. Destacamos a importância de estudar o material ideal para cada área e elaborar um projeto específico de impermeabilização, que já deve considerar a atuação da água naquele local, assim como o tráfego existente e a durabilidade necessária para o sistema.
7 - Impermeabilizar em condições climáticas indesejadas para aquela tipo de sistema
Caso o impermeabilizante escolhido para a aplicação tenha limitações relacionadas à condições climáticas, como umidade nos substrato, irregularidade ou contaminação na base, contrapiso não curado, entre muitas outras, a melhor opção é não aplicar o produto até que se obtenha condições favoráveis. Mesmo com um cronograma de obra definido e com o receio de desagradar o cliente, essa decisão precisa ser tomada.
Materiais aplicados em condições não adequadas tendem a apresentar manifestações patológicas, não desempenham o seu papel corretamente e, na maioria das vezes, o serviço precisa ser refeito, gerando custos para o cliente, para o aplicador e perda de tempo.
Como a MC pode ajudar?
Na MC-Bauchemie você encontra auxílio principalmente por meio de treinamentos e fornecimento de todas as informações necessárias para evitar erros no momento de impermeabilizar. Recomendações técnicas e de boas práticas relacionadas ao tema também são disponibilizadas por toda nossa equipe. Mas isso não exclui a importância de contratar um projeto de impermeabilização específico para a edificação que será executada. Só assim será possível ter um planejamento específico e resultados mais assertivos.
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