Como evitar eflorescência em piscinas?

Jan 26, 2021

Você já ouviu falar em eflorescência? A palavra em si pode não ser muito comum, mas com certeza você já se deparou com ela em algum tipo de construção.

 

Neste artigo, nós vamos falar deste fenômeno na piscina. Mas, primeiro, vamos esclarecer: eflorescência, de uma forma geral, é uma espécie de depósito de cristais provenientes de sais que estavam dissolvidos na água e que, após sua evaporação, forma manchas esbranquiçadas na superfície.

 

Ela acontece porque, na parede da piscina, a água que passa pelo deck penetra no revestimento e percorre por dentro da argamassa de contrapiso, dissolvendo e carregando os sais desta camada e levando-os até a parede da piscina.

 

Conforme a água vai secando nos pequenos vazios entre as peças cerâmicas e rejuntes, os sais afloram e ficam depositados sobre as peças

É um efeito relativamente comum em áreas com mudança de plano (horizontal versus vertical) e com presença elevada de fluxo de água.  

 

 
 
 

Como acabar com este problema? 

Em piscinas, podemos atuar de duas formas: pela entrada da água ou pela saída dos sais, sendo o bloqueio da saída desses sais mais eficiente.

Para isso recomendamos que sobre a camada da argamassa de proteção mecânica da impermeabilização seja feita uma barreira com argamassa polimérica MC Proof 100, antes da aplicação argamassa colante. 

Esta camada - totalmente compatível com a argamassa de proteção e a argamassa colante - aplicada do topo da parede até 10 cm abaixo do nível mínimo de água da piscina, formará uma barreira que segurará o afloramento destes sais dissolvidos, impedindo a formação de eflorescência nestas regiões. 

Este procedimento tem sido indicado em projetos de impermeabilização e revestimento como tratamento preventivo para este tipo de problema. 


Como impedir o avanço da eflorescência, uma vez que o problema já foi identificado?

Uma vez que a eflorescência já está ocorrendo e não foi feito um tratamento preventivo, a troca do rejunte por um produto de maior performance com menor permeabilidade pode minimizar e atrasar a recorrência do problema. É importante ressaltar que trocar o rejunte não irá solucionar o problema, assim como aplicar um removedor periodicamente, que iria remover o efeito do problema.  

 

Desta forma, em piscinas, o mais efetivo seria a remoção do revestimento de 10 cm abaixo do nível mínimo da piscina até o topo e de 30 cm da borda lateral para aplicação da barreira com o MC Proof 100. Este tratamento é custoso, porém é o mais efetivo, pois a argamassa de contrapiso continuará gerando fluxo de água com sais dissolvidos.


Eflorescência e a estrutura da piscina

A eflorescência não causa nenhum tipo de dano para a estrutura, pois é um problema que está localizado acima da impermeabilização, nas camadas de revestimento. Porém, além do problema estético das manchas (que podem até mesmo se tornarem definitivas), a eflorescência pode enrijecer os rejuntes com o tempo.

 

Desta maneira, uma possível falta de capacidade de movimentação do revestimento pode contribuir para o desplacamento das peças cerâmicas ou das pedras. Para a construção de piscinas, é fundamental ter um projeto de impermeabilização e revestimento.

 

Assim, é possível evitar problemas de estanqueidade, dimensionar corretamente as camadas e definir os materiais a serem utilizados para garantir a durabilidade e a estética dos revestimentos.

 

 
 
 
 
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