4 Mitos que atrapalham a escolha da argamassa colante

Jul 17, 2017

Construir é uma ciência. E, muitas vezes, um projeto é comprometido por uma simples questão matemática: a regra é seguir A, mas você escolhe B porque acaba acreditando nos mitos da argamassa. Para não prejudicar um bom projeto de obra, que tal começar a desbravar essas lendas?

 

1) Toda argamassa é igual, só muda a embalagem

 

Será? Empresas investem tempo, dinheiro e muita mão de obra em pesquisa para desenvolver argamassas diferenciadas, que atendem demandas específicas e contêm propriedades exclusivas para cada tipo de produto. Portanto, a primeira regra que você precisa entender é: confie na descrição da embalagem e, na dúvida, consulte um engenheiro. Não dá para usar as mesmas argamassas para colar pastilhas e pedras vulcânicas por um fator simples: objetivos diferentes pedem produtos divergentes. Repense.

 

2) Só dá para saber a quantidade de água necessária na hora de misturar

 

Então você está revestindo com toda atenção seu projeto e, sua equipe decide misturar a argamassa com um instrumento não apropriado, como um cabo de vassoura. Você sabe que não é a forma mais correta, mas decide acreditar que pela experiência da mão de obra, eles têm razão. O que vai acontecer? A quantidade de água vai ser muito, muito maior que o recomendado. É natural que quando nos deparamos com um material denso e de pouca aderência, nosso intuito seja colocar mais água.

 

O problema é que a argamassa não precisa de mais água. E o excesso de água na mistura pode prejudicar as propriedades do produto, comprometendo a integridade do projeto.

 

 

E aí, o que fazer?

 

O ideal seria misturar a argamassa com a quantidade de água recomendada na embalagem em um misturador. Mas, sabendo que em obras pequenas é difícil ter um misturador, você pode comprar uma haste para furadeira. Assim, é possível ter uma mistura homogênea sem machucar o corpo ou comprometer o projeto.

 

3) Não importa o lado de puxar os cordões

 

Quantas vezes você já não observou direções variadas na hora de puxar os cordões? Há quem pense: vai colar da mesma forma, tanto faz.

 

A verdade é que não é bem assim. Puxar os cordões para uma mesma direção é recomendado para assentar as pedras de maneira uniforme, sem descolamento por falta de aderência.

E, para facilitar esse trabalho, é preciso ter uma desempenadeira nova, e estar em perfeito estado.

 

4) Revestir é que nem andar de bicicleta: só preciso aprender uma vez 

 

Novas tecnologias mudam, novas demandas chegam ao mercado e, revestir não é lição que se aprende uma única vez.

 

Quando novas necessidades chegam, novas argamassas também são desenvolvidas e a forma de aplicação e necessidades também se modificam. A essência pode ser a mesma, mas precisamos estar dispostos a aprender a lidar com novos desafios.

 

Um novo tempo

 

Tijolos no chão, cobogó nas paredes. Nos dias de hoje, as regras são quebradas facilmente. Vivemos uma realidade que liberta na hora de criar. Tudo pode, tudo é aceito, só depende da capacidade de execução.

 

Por isso, a escolha da argamassa é muito especial. Ela garante a durabilidade do projeto e muitas vezes a reputação de toda a equipe. Não adianta comprar a mais bela e cara pedra vulcânica se ela não será colada da melhor maneira – há risco até de perdê-la por falta de aderência da argamassa. Vale a pena colocar o projeto em risco?

 

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